Esta charge ilustra exatamente a polêmica em torno da internet, direitos autorais e propriedade intelectual. A respeito desta questão Lessing(2005), traça uma distinção entre cultura comercial e não- comercial. Por cultura comercial entende-se a parte da cultura que é produzida para ser vendida. É a cultura dominada pelos empresários do entretenimento, que buscam a lei para proteger sua propriedade e lucros. A outra cultura é a não- comercial , que é todo o restante das manifestações culturais, como por exemplo histórias contadas para as crianças pelos avós. Por muito tempo o que predominou foi a cultura não -comercial , a lei sempre a deixou livre.
O que temos hoje em dia é o forte predomínio da cultura comercial controlado por lei. Ou seja, a lei, hoje, controla grande parte da cultura e criatividade, como nunca havia acontecido antes. Alega-se que é necessário proteger os artistas, mas na verdade protege os negócios, as corporações tem se unido para induzir legisladores a usar a lei a seu favor. A consequência desta situação é elitização da cultura. Um clássico exemplo disso é a apropriação dos contos dos irmão Grimm por Walt Disney, transformando cultura não comercial em comercial, ferrenhamente protegida por lei.
A charge demonstra uma questão anteriormente abordada: Por uma questão de bom senso, os interesses da coletividade são superiores aos interesses individuais do "empresários do entretenimento".
Não defendemos a pirataria e o não cumprimento da lei, mas sim que seja analisado os dois "lados da moeda".
Fica uma questão: O que é prioridade os direitos humanos que prevêem o direito a cultura e informação ou o copyright?
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